A introdução dos alimentos saudáveis na rotina das crianças começa fácil, quando elas ainda são bebê e se torna uma tortura quando elas ficam mais autônomas. Existem crianças seletivas, que recusam, regurgitam e vomitam quando novos alimentos são apresentados.
Para as crianças pequenas, entre 2 e 5 anos, é difícil compreender a importância de manter uma dieta equilibrada e não faz sentido comer alimentos que não são atrativos ou gostosos para elas.
Apresentar e negociar o que comer se torna um sofrimento, os adultos desistem e substituem a opção alimentar inicial por guloseimas, lanches rápidos e mamadeiras.
Em curto, médio e longo prazo, os resultados dessas escolhas se fazem presentes, dentre eles: problemas gastrointestinais, obesidade, subnutrição, cáries, insônia, diabetes, colesterol elevado, ansiedade e diversos problemas alimentares. Muitos desses problemas podem ser evitados com o estabelecimento de rotinas para a alimentação da criança.
A primeira questão a ser observada é: seja o exemplo. O adulto deve se alimentar de forma saudável na frente da criança. Ou seja, deve fazer as melhores escolhas para que a criança aprenda como selecionar os alimentos. Se um adulto quer que a criança tome sucos naturais, mas ele só toma refrigerante, mais cedo ou mais tarde, ela escolherá os refrigerantes como primeira opção, porque se o mundo adulto é a referência, ela entenderá que a escolha dos adultos é a melhor.
A negociação sobre o que comer também é importante: negocie de forma positiva. Chantagens do tipo “coma isso, senão…” podem garantir que a criança aceite naquele momento certo alimento, mas não é uma estratégia eficiente para que ela aprenda a buscar voluntariamente as melhores opções no futuro. Por isso, é interessante apresentar mais de uma opção dentre os alimentos para que ela participe da escolha do que comer.
Não obrigue a criança a comer “mais um pouquinho” e aumente gradativamente a oferta do alimento: ao determinar o que a criança vai comer, negocie a quantidade do alimento e a hora de parar. À medida que esse alimento se torna natural na rotina, a quantidade é aumentada e a resistência da criança ao alimento diminui sem tantos embates. Além disso, a criança aprende a identificar seu próprio mecanismo de autorregulação fisiológica, a sensação de saciedade e a hora de parar.
Mantenha um ritmo regular no horário da alimentação: evite guloseimas e lanches nos intervalos como substituição à recusa que a criança fez da refeição principal. Não se desespere, a fome é um instinto básico de sobrevivência e a criança aprenderá a buscar alimento quando sentir fome. Além disso, ela aprenderá pouco a pouco que existe o momento certo para cada alimento, inclusive as guloseimas.
Com carinho,
Etiene
Estou apavorada e ansiosa , tenho 3 filhos , o menor de 6 anos simplesmente parou de comer proteína . Não come carne pois fala que é a vaca e o boi e ele não come animais , não come mais galinha e peixe pela mesmq razão. Já faz pelo menos 20 dias e ele só come o arroz com feijão, estou já doente à beira de um ataque de nervos por causa disso. Sempre converso com ele e tento mudar essa ideia que ele formou cá cabeça dele pois ele sempre comeu de tudo e se alimentava muito bem…
Preciso de ajuda!
Oi Denise!
Obrigada pelo contato! Desculpe a demora em responder.
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Beijos
Etiene e Flávia